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OPINIÃO: A igreja e os jovens

Aconteceu no mês de outubro, em Roma, o sínodo dos bispos sobre os jovens, cujo tema foi: "Os jovens, a fé e o discernimento vocacional". Ao concluírem o sínodo, seus membros publicaram um documento tendo como fio condutor o texto dos discípulos de Emaús (Lc. 24,13-34). Faço uma pequena síntese do que foi proposto para os jovens e como ajudá-los hoje. O documento inicia dizendo que os jovens não gostam de "respostas pré-concebidas e receitas prontas". Os jovens, de fato, querem ser "ouvidos, reconhecidos, acompanhados" e querem que sua voz seja "considerada interessante e útil no campo social e eclesial". O texto propõe sete atitudes para os que acompanham os jovens e para os que desejam ajudá-los em sua caminhada.

A primeira atitude precisa ser de escuta, pois os jovens querem ser ouvidos em seus sonhos, suas buscas, suas inquietudes, dificuldades e esperanças. Há, portanto, a necessidade de escutar os jovens para entendê-los. A segunda atitude nasce justamente da primeira: estar com eles. É importante estar perto deles, acompanhá-los, caminhar com eles com uma escuta empática que, com humildade, paciência e disponibilidade, permita dialogar evitando respostas pré-concebidas e receitas prontas, seja com as famílias, nas escolas, universidades, paróquias e movimentos. A terceira é uma atitude de missão e vocação. O jovem precisa descobrir e ser ajudado a descobrir sua vocação e sua missão na vida e no mundo. A vida por si é e deve ser uma verdadeira missão.

A missão dá sentido e horizonte à existência, mas cada um vive e cumpre sua missão escolhendo, ouvindo o apelo de Deus numa vocação concreta, constituindo uma família, seguindo um chamado à vida consagrada ou ministerial, ou dedicando-se ao bem comum. Mas realmente o importante é que a vida tenha uma razão, um sentido que não se esgota em si mesma. A quarta atitude refere-se aos desafios da vida e do nosso tempo. Há a necessidade de estimular os jovens a enfrentar e superar os desafios e não fugir e nem desviá-los, pois os desafios ajudam o amadurecimento e o fortalecimento da personalidade, até porque os desafios fazem parte da vida, especialmente em nosso tempo e na atual cultura. A quinta atitude é a necessidade de ajudar os jovens a fazer escolhas, ou seja, uma opção pelo certo, pelo que vale a pena, pelo que é melhor para eles. Nunca foi tão necessário o discernimento como caminho da busca da felicidade, pois a sociedade atual oferece muitos caminhos e nem todos são realizadores e, os jovens, no fundo, gostam desse apoio.

A sexta atitude é a de conversão. Esse é um processo permanente de busca dos valores, de abandono do egoísmo e do comodismo para uma vida comprometida com a construção da fraternidade e da paz. A sétima e última atitude é a da santidade, que significa ser o que Deus planejou para cada um de nós. Atitude em que desembocam todas as demais

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